
Entretanto quero ressaltar outra prática derivada do nicolaísmo, muito comum em nossos dias, a doutrina nicolaíta concebeu a idéia de uma casta especial e superior na igreja, ou seja, o chamado Clero. Indo além, formou-se a idéia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. Há uma grande probabilidade, lógica e historicamente, de que estes nicolaítas sejam formadores do pensamento Católico Romano e, portanto seus antecessores. Evidentemente, este desejo de exercer poder sobre o povo, disseminou entre muitos homens de lideranças nas igrejas, movidos pelo instinto carnal de domínio, pela soberba e torpe ganância, especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornava-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores.Nem mesmo a primeira igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais. Veja em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho independentemente num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada.(vv.23,25 e 28). Erros como o de se pensar que só os Pastores podem realizar Batismo ou ministrar
a Ceia, efetivamente não tem base bíblica e provém do pensamento nicolaíta de
que estes são uma categoria com poderes especiais. Se uma Igreja tem Pastor
local, é evidente que, sendo este seu LÍDER espiritual deverá exercer
tais funções mas, caso a Igreja não o tenha, deve entender que a autoridade para
estes serviços foi dada à Igreja e Ela pode escolher um irmão local que tenha
boas condições espirituais e esteja assim apto a liderar a Igreja em tão solenes
atos. É claro que ,se assim entender, a Igreja poderá também convidar o Pastor
de uma Igreja irmã para lhe prestar estes serviços, embora não o seja
absolutamente necessário. Jesus concedeu à Igreja esta autoridade e não ao
pastor. Ele o faz, como servo (que é o verdadeiro significado da palavra
MINISTRO) da Igreja.
Cristo estabeleceu irmãos com condições diferenciadas na Igreja sim, mas isto
foi feito apenas visando o melhor desenvolvimento dos crentes e organização da
Igreja e não para estabelecer uma hierarquia dominante (Efésios 4.11-12 e I
Corintios 12.12-31). Assim, era necessário que houvesse apóstolos, pastores,
mestres, pregadores e evangelistas, mas isto não é uma corrente hierárquica onde
um manda no outro. Cada um deles tem autoridade, mas só aquela concedida, não
pelo título que ostenta, mas pela igreja, de acordo com o que o Espírito Santo
lhe concede pela Palavra. Todo Ministro de Deus deve ser respeitado por causa da sua função como líder e
condutor espiritual da Igreja e como um irmão que seja um bom exemplo ao rebanho
(Hebreus 13.7 e 17). Mas isto não o faz "dono da igreja" e todo pastor tem que
tomar o cuidado de ser zeloso sem, no entanto, exercer domínio por força sobre o
rebanho (I Pedro 5.1-4),atitude de poder sobre a Igreja é Diabólica e Maligna e, portanto,
precisa ser totalmente rechaçada, analise que tipo de cristianismo você está vivendo e o que seus líderes lhe tem ensinado, não devemos retroagir a práticas que o próprio Jesus repudiou.
Paz, Irmão Júnior!
ResponderExcluirMuito bom o texto! Você poderia escrever mais posts, pois são muito edificantes. Continue escrevendo. Que Deus o inspire ainda mais e o abençoe!
Um abraço do Eduq (Santos-SP)
A paz querido, obrigado pelo comentário e que Deus abençoe sua vida.
Excluirmuito interessante nao sabia
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