segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Teologia da prosperidade

Esta matéria não tem a finalidade de fazer críticas diretas a alguns conceitos e práticas cristãs dos dias atuais,mas sim fazer com que cada cristão,observe tais práticas e possa refletir sobre cada uma delas, e então verificar até que ponto tais doutrinas são louváveis ou fúteis ao nosso dia a dia,e onde estes conceitos se contextualizam com os ensinamentos de Jesus que são a base de nossa fé. O tema que abordaremos tem sido motivo de muita discussão em nossos dias , tanto nos meios evangélicos,como entre os não evangélicos,devido a grande proliferação do movimento,onde tem se concentrado grandes massas de pessoas em busca de conquistas que a teologia da prosperidade assegura como certas.Este movimento tem início nas primeiras décadas do século XX nos Estados Unidos,sua doutrina afirma a partir da interpretação de alguns textos bíblicos como Gênesis 17:7 , Marcos 11:23-24 e Lucas 11:9-10 ,que os verdadeiros fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira,na saúde,etc.
O pioneira desse movimento foi Essek William Kenyon, porém o maior divulgador foi Kenneth Erwin Hagin que é considerado o pai do movimento palavra de fé, ou confissão positiva, conhecido no Brasil como Teologia da prosperidade , foi um dos primeiros Pastores protestantes a escrever sobre as filosofias que se tornaram o fundamento do movimento carismático.Kenneth E. Hagin  era doente devido a um defeito cardíaco congênito , e leucemia.Segundo Hagin em 1933, ele foi visitado por Jesus Cristo e curado das doenças , seu testemunho de cura tornou-se base para algumas pregações sobre fé: declarar a cura antes de vê-la.Segundo ele também recebeu diretamente de Jesus a fórmula para alcançar a benção,ou o favor divino,seria ela: diga a coisa,faça a coisa,receba a coisa e conte a coisa, estes são os passos que Jesus teria lhe revelado. Kenneth E. Hagin , também influenciou a muitos pregadores nos Estados Unidos que ganharam reconhecimento mundial, como Kenneth Copelard, Benny Hinn, David(Paul)Yonggi Cho , entre outros.Kenneth E. Hagin ensinava que é sempre vontade de Deus que um crente seja curado fisicamente de qualquer doença ou enfermidade,ele baseia-se na crença da cura para todos.E sempre vontade de Deus que cada crente seja financeiramente abençoado por meio da fé.Embora sempre tenha enfatizado que a prosperidade material está inclusa na bênção redentora, ele nunca ensinou a exclusão de trabalhos árduos e das sábias práticas empresariais.
Kenneth E. Hagin

Com a introdução do movimento no Brasil, adicionou um forte cunho de auto-ajuda e valorização do indivíduo, agregando  crenças sobre cura , prosperidade , e poder da fé através de confissão da "palavra" em voz alta e no nome de Jesus para recebimento das bênçãos almejadas, por meio da confissão positiva o cristão compreende que tem direito a tudo de bom e do melhor que a vida pode oferecer,saúde perfeita , riqueza material , poder para subjugar Satanás, uma vida plena de felicidade e sem problemas.A teologia da prosperidade pode ser entendida como um conjunto de princípios que afirmam que o Cristão verdadeiro tem o direito de obter a felicidade integral , e de exigi-la , ainda durante a vida presente sobre a terra , bastando para isso que tenha confiança incondicional em Jesus.O poder da fé é um dos mais contundentes ensinamentos de Jesus, basta lembrar que segundo Ele se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda podemos ordenar e a montanha se moverá.É evidente que se trata de uma figura de linguagem,e é claro que devemos condicionar a realização dos nossos desejos às leis e a vontade de Deus.
Complementando nosso comentário observe o que diz o texto de Mateus 6 : 25 " Por isso , vos digo: não andeis cuidadosos quanto a vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida maior do que o mantimento , e o corpo, mais do que a vestimenta? v.33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas".Aqui neste texto observamos que Jesus nos orienta a não nos preocuparmos com os bens terrenos,mas priorizar o reino de Deus.
Quero vos fazer lembrar de um homem chamado João Batista, o qual o próprio Jesus deu testemunho dizendo:"Em verdade vos digo que,entre os que de mulher têm nascido,não apareceu alguém maior que João Batista" Mateus 11:11, João Batista era profeta reconhecido por Jesus e pelos próprios Judeus,porém sua vida foi simples, sem regalias,nenhum conforto ou vida vitoriosa como alguns almejam,teve uma morte terrível,onde pediram a sua própria cabeça  como presente e isto foi concedido.Analise também a vida do apóstolo Paulo,homem usado na mão de Deus,sinais e prodígios Deus realizou através de sua  vida ,porém este teve uma enfermidade que não teve cura , Gálatas 4:13 "E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza de carne" em outras traduções "estando enfermo".Não quero confrontar a sua fé,nem tão pouco dizer-lhe que a oração não tem poder,mas sim mostrar-lhe que a teologia da prosperidade não pode ser usada como regra em nossas vidas,analise com cautela e faça sua decisão.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Pentecostes e Pentecostais

William Joseph Seymour
O Pentecostes era para os judeus uma festa de grande alegria,pois era a festa das colheitas.Ação de graça pela colheita do trigo.Vinha gente de toda a parte:judeus saudosos que voltavam a Jerusalém,trazendo também pagãos amigos e prosélitos.Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo.Era também conhecida como festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da Páscoa, no qüinquagésimo dia.Daí o nome Pentecostes, que significa"qüinquagésimo dia".No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém e todos ficaram cheios do Espírito Santo.
Atos 2 :1-4 "Cumprindo-se o dia de Pentecostes,estavam todos reunidos no mesmo lugar. v.2 De repente veio do céu um som,como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. v.3 E viram línguas repartidas como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. v.4 Todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas ,conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
Este evento foi um marco para a história da igreja primitiva,onde o dia de Pentecostes foi marcado pela descida do Espírito Santo, a partir deste fato é que se deriva o termo pentecostais,hoje já não identificado como festa das colheitas,mas sim como a descida do Espírito Santo.
Porém o termo Pentecostal ou Pentecostais torna-se acentuado a partir de 1906,à rua Azuza,312, em Los Angeles, no início do século XX ,é considerado o marco do nascimento do pentecostalismo moderno,tendo como líder William Joseph Seymour , filho de ex-escravos havia assistido algumas aulas na Escola Bíblica Betel, sob a liderança de Charles Fox Parham, escola na qual o movimento de "línguas estranhas" teve início em 1901.Parham desafiou os alunos a estudarem o livro de Atos dos Apóstolos e , a partir desse estudo , o fenômeno da glossolália aconteceu e se espalhou.Apesar desse registro localizável,há diversos relatos segundo os quais o mesmo fenômeno acontecera simultâneamente em outros lugares, sem nenhuma conexão uns com os outros.A referência que se faz à rua Azuza ganha destaque muito mais porque remanescentes dali se espalharam pelo mundo, ainda que sem todos os princípios doutrinários, porém munidos com o que pareceu "notável" , que foi a questão da glossolália.Alguns desses  remasnecentes vieram para o Brasil,são eles os missionários suecos Daniel Berg e seu amigo Gunnar Vingren ,fundadores da maior igreja pentecostal do Brasil , a "Assembléia de Deus",a chegada dos missionários ao Brasil tem uma variante entre alguns historiadores alguns declaram que a chegada foi em 1910 e outros em 1911, porém o interessante é que o movimento se propagou e alcançou o Brasil. Não poderia  deixar de citar o missionário Louis Francescon,nascido em 29 de Março de 1866, na comarca de Cavasso Nuovo, Itália e fundador da Congregação Cristã no Brasil em 1910,que embora não tenha sido remanescente do grande movimento pentecostal da rua Azuza também contribuiu para a propagação deste movimento no Brasil.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Natal,feriado secular ou religioso?

Comemoramos com alegria o nascimento de pessoas queridas e nos confraternizamos em seus aniversários.Portanto,entendemos ser válido e de muita gratidão nos regozijarmos também pelo nascimento de Jesus e lembrarmos desse acontecimento ímpar na história da humanidade com alegria.Outros porém,entendem tratar-se de uma festa oriunda do paganismo,não cristã.De antemão quero deixar bem claro que não quero apresentar objeções contrárias aos grupos cristãos que não participam de comemorações natalinas.Respeito essa opção,já que entendo tratar-se de uma questão secundária.O mais importante para nós é mantermos unidos na fé em Jesus Cristo,respeitando a maneira amorosa de cada comunidade cristã prestar gratidão pela vinda do Filho de Deus à terra.
A palavra natal vem do latim natale,relativo ao nascimento.O mundo ocidental cristão define o Natal como a celebração do nascimento de Jesus Cristo,e isso ocorre,todos os anos,no dia 25 de Dezembro.Observando a história,podemos analisar que a comemoração do nascimento de Jesus,através de uma data específica,era de pouco interesse dos cristãos primitivos.
A primeira evidência histórica que dispomos sobre o Natal é da primeira metade do século III d.C. Hipólito,bispo de Roma,escolheu a data de 2 de Janeiro para celebrar o nascimento de Jesus.Outros cristãos escolheram datas diferentes,tais como: 6 de Janeiro,25 e 28 de Março,18 ou 19 de Abril e 20 de Maio.A comemoração universal de 25 de Dezembro se firma entre 325 a 354 d.C.,aproximadamente.
Visto que não há registro bíblico do dia específico desse extraordinário acontecimento:o verbo se fez carne (Jo 1:1-14),os cristãos escolheram por si mesmos uma data para celebrar o Natal.Poderiam escolher outra data qualquer,mas a escolha recaiu sobre 25 de Dezembro,que era uma ocasião já consagrada no calendário do Império Romano pela grande festividade do Natal do Sol Invicto.A festividade do Natal do Sol Invicto era celebrada pelos adoradores do Sol(normalmente identificados como Mitra).O mitraísmo era um culto que possuía algumas semelhanças com o cristianismo e,paradoxalmente,intransponíveis diferenças.Era uma religião de mistérios,que concorria intensamente com o cristianismo na busca de fiéis.O cristianismo entrou em conflito com essa religião e,finalmente venceu.
A escolha do dia 25 de Dezembro como data do nascimento de Jesus ofuscou as festividades do Natal do Sol Invicto dos pagãos e consagrou o dia do nascimento do verdadeiro Sol da Justiça,que para os cristãos é Cristo:Mas para vós,os que temeis o meu nome,nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria(Ml 4:2).
Dessa maneira os cristãos daquela época cristianizaram um dia festivo do calendário Romano,argumentando que Jesus é a luz verdadeira.Pois o próprio Senhor Jesus disse,em Jo 8:12,que Ele é a luz do mundo.Foi uma maneira que esses cristãos acharam de considerar o feriado romano e trocar o objeto de culto,já que não tinham uma data específica.Com isso,destruíram o culto pagão,condenando-o ao desaparecimento.
Embora a maioria dos cristãos celebre o nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro,nem todos consideram essa data,mas isso não consiste um problema propriamente dito,já que para muitos o importante não é a data em si,mas o acontecimento:Jesus nasceu.Os ortodoxos comemoram o Natal no dia 06 de Janeiro e os armênios que são considerados os primeiros cristãos ocidentais comemoram no dia 19 de Janeiro.

domingo, 7 de novembro de 2010

DEVEMOS GUARDAR O SÁBADO ?

Falar sobre o sábado é muito delicado,tendo em vista que muitas denominações acreditam ser ele um dia santificado por Deus e que este dia é o sinal de aliança entre Deus e seu povo,mesmo assim quero fazer considerações que acho pertinentes a este assunto.
O sábado ou sabbath "dia de descanso"é o quarto mandamento e encontra-se em Êxodo 20:8-11 "Lembra-te do dia de sábado,para santificá-lo.v.9 Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos,v.10 mas o sétimo é o sábado dedicado ao Senhor,o teu Deus.Nesse dia não farás trabalho algum,nem tu,nem teus filhos ou filhas,nem teus servos e servas,nem teus animais,nem os estrangeiros que moram em tuas cidades.v.11 Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra,o mar e tudo o que neles existe,mas no sétimo dia descansou.Portanto,o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou".
Aqui neste texto observamos que o fato de Deus ter santificado o sábado foi devido a Ele mesmo ter descansado no sétimo dia após a criação de sua obra.
Observe que neste texto existe uma curiosidade,no v.11 o texto diz:"que o Senhor fez toda sua obra em seis dias e descansou no sétimo,por este motivo abençoou Ele o sábado",amados irmão não quero parecer cético mas você acredita que Deus realmente estava cansado?E se Deus não estava cansado o que motivou realmente a guarda do sábado?
Agora vamos fazer um paralelo deste texto com o texto que retrata a segunda vez que Deus entregou a Moisés as tábuas do decálogo"Dez Mandamentos",para melhor entendimento da matéria,que encontra-se em Deuteronômio 5:12-15 "Guardarás o dia de sábado a fim de santificá-lo,conforme o Senhor,o teu Deus,te ordenou.v.13Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos,v.14 mas no sétimo dia é sábado para o Senhor,o teu Deus.Nesse dia não farás trabalho algum,nem tu nem teu filho ou filha,nem o teu servo ou serva,nem teu boi,teu jumento ou qualquer dos teus animais,nem o estrangeiro que estiver em tua propriedade;para que o teu servo e a tua serva descansem como tu.v.15 Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o Senhor,o teu Deus,te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte.Por isso o Senhor,o teu Deus,te ordenou que guardaste o sábado".
Preste bem a atenção neste segundo texto,em lugar algum Deus declara que santificou o sábado por ter Ele trabalhado seis dias e descansado no sétimo,mas observando com atenção no final do v.14 a preocupação de Deus é que os servos e estrangeiros também descansem como seus senhores,e no v.15 Ele ratifica esta intenção e exorta o povo a se lembrar que foram escravos no Egito,e que por este motivo santificou o sábado,e não por ter descansado ao sétimo dia,tal exortação é para que eles não façam o mesmo com os seus escravos e estrangeiros,ou seja, pratiquem injustiça com os menos favorecidos.
Podemos observar comparando ambos os textos que nosso Deus tem um senso de justiça sem igual,e que seu amor ultrapassa qualquer limite de raciocínio humano,e que a guarda do sábado foi para preservar os direitos fundamentais dos servos e escravos,pois Deus sempre primou pela dignidade da pessoa humana,sempre colocou o homem em primeiro lugar em suas prioridades.
Ainda para confirmar a intenção de Deus sobre o sábado quero lhes citar um terceiro texto,que encontra-se em Êxodo 23:09-12 "Não oprima o estrangeiro.Vocês sabem o que é ser estrangeiro,pois foram estrangeiros no Egito. v.10 Plantem e colham em sua terra durante seis anos, v.11 mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la.Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si,e o que restar ficará para os animais do campo.Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais. v.12 Em seis dias façam os seus trabalhos ,mas no sétimo não trabalhem,para que seu boi e o seu jumento possam descansar,e o seu escravo e o estrangeiro renovem as forças".Na tradução Revista e corrigida "e para que tome alento o filho da escrava e do estrangeiro".
No v.9 novamente Deus exorta para não maltratar o estrangeiro e faz o povo se lembrar que já foi estrangeiro no Egito,observe que Deus usa os mesmos princípios que utilizou em DT 5:14,15,no v.10 e 11 Ele ordena que no sétimo ano deixem descansar a terra,assim os pobres poderão comer do que crescer,Deus nos dando uma lição de amor,dando a oportunidade de que os pobres comam do melhor que a terra produz,e por fim o v.12 onde Deus ordena novamente a guarda do sábado,para que o estrangeiro e servo possam renovar as suas forças e em outra tradução dar alento aos filhos,amados irmão não dá para negar que a preocupação de Deus era com a qualidade de vida dos menos favorecidos,Deus simplesmente santificou o sábado para que o povo de Israel respeitassem os direitos fundamentais de seus escravos e estrangeiros,que não teria nenhuma justiça social se Deus todo poderoso não viesse a intervir separando o sábado,agora é de uma tremenda falta de humanidade e amor ao próximo acreditar que Deus se apega a um dia para ser sinal de aliança entre ele e o povo e não acreditar que o sinal entre Deus e nós é o amor ao próximo e a justiça.
Trazendo aos dias atuais, observamos que em nosso país não existem mais escravos ,"in tese",e que existem leis civis e trabalhistas que protegem os direitos dos cidadãos,leis estas que não existiam naquele período,fato que motivou a intervenção de Deus diretamente para que esses direitos fossem efetivados,visualizando por este prisma podemos concluir que a guarda do sábado não é para nós,nem tão pouco o domingo,como alguns cristãos costumam a dizer,é sabido por todos que no domingo aconteceram fatos fundamentais a nossa fé,mas isso não o torna dia do Senhor,para o verdadeiro cristão todos os dias são do Senhor desde que praticamos o amor e a justiça.
Agora se você acredita que Deus realmente descansou no sétimo dia e por este motivo o santificou,continue guardando o sábado,porém se acreditar que foi uma medida social adotada por Deus para garantir os direitos básicos e fundamentais dos escravos e estrangeiros considere-se livre.

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

A igreja tem autoridade para excluir?

Quero deixar bem claro que este estudo não é de minha autoria e sim de meu professor de novo testamento Anderson Lima,o motivo pelo qual estou publicando esta matéria em meu blog é devido tratar-se de um tema delicado e que infelizmente conduziu muitas almas a perdição,e através desta matéria quero compartilhar com os leitores um visão um pouco mais ampla sobre este polêmico assunto .A pergunta que nosso título coloca não é tão simples quanto pode parecer. Trata-se de um tema difícil, mas que procurarei abordar de maneira breve nas próximas páginas. Tenho feito isso já há algum tempo; escolho falar principalmente de temas complexos, onde há divergências de interpretações, e uma coisa interessante a observar quando nos debruçamos sobre temas difíceis ou polêmicos, é que geralmente o procedimento adotado pelas igrejas cristãs é diferente daquele sugerido pelo texto bíblico. Assim, mais que solucionar controvérsias seculares, procuro propor aos cristãos sinceros uma nova maneira de viver seu cristianismo. As pretensões são, portanto, mui modestas; nossas reformas são individuais e não sistêmicas. Contudo, não considero a discussão de hoje de pouca importância, pois a não compreensão do assunto já ocasionou muita injustiça, muitos traumas, muita violência e muitas mortes.
Para falar da exclusão ou mesmo excomunhão em igrejas cristãs, temos que delimitar nosso tema. Eu não tenho competência para falar de determinações legais. Acredito que uma igreja não pode escolher seus membros e impedir a entrada de quem quer que seja de acordo com a lei, mas só posso manter minhas argumentações dentro dos limites bíblicos, minha área de estudos. Então, teremos um estudo bíblico, o que é (temos que admitir) uma abordagem limitada para este tema. Espero que atenda às expectativas dos meus leitores, cada vez mais competentes e exigentes.
Entrando agora em nosso problema, gostaria de transcrever abaixo uma passagem bíblica que é provavelmente a mais usada para tratar do tema “exclusão”. Trata-se de Mateus 18.15-17, que diz assim:
(15) Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão. (16) Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda palavra seja confirmada. (17) E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano”
Aqui está um texto que costuma ser citado todas as vezes que se quer justificar o afastamento forçado de alguém. Lendo-o rapidamente vemos que há um personagem anônimo, provavelmente um cristão que peca contra um irmão e não aceita a repreensão de ninguém. As tentativas de demovê-lo são progressivas; primeiro ele é repreendido individualmente pelo irmão ofendido, depois por ele e mais outros, e por fim, por toda a igreja. Após estas tentativas, o pecador obstinado parece ser excluído da comunhão da igreja, pois passa a ser tratado como pecador e publicano. Bem, esse é o resultado de uma leitura rápida, mas há detalhes que quero abordar mais atentamente, pois acredito que nesses detalhes se escondem os segredos para leitura correta do texto.
Não sabemos que tipo de pecado foi cometido, mas o texto é só um exemplo, e pode ser aplicado a diversos tipos de pecados. Em todo caso, sabemos que é um pecado contra o irmão, o que já exclui grande número de possibilidades pecaminosas. Também estamos falando de algum tipo de erro que prejudica o próximo, e fazer mal ao próximo é quebrar um dos grandes mandamentos do amor (Mt 22.37-40). Um cristão que ofende um irmão está maculando o cristianismo em sua essência. Outra coisa que o texto nos diz é que esse pecado contra o irmão é mal visto por toda a comunidade. Veja que toda a igreja repreende o pecador conjuntamente tentando convencê-lo do erro, o que significa que não temos um líder qualquer tomando a decisão de excluir ninguém em nome dos outros. Trata-se de uma audiência pública, onde não há dois partidos lutando, mas uma pessoa que sozinha nega-se a seguir a opinião unânime da igreja, que provavelmente é mais acertada. Isso também exclui muitos pecados que são de particular interpretação, pois o erro em questão tem de ser óbvio. Em resumo, o processo indicado no texto só se aplica em casos extremos, onde não existem dúvidas sobre o mau procedimento do suposto réu, e todas as tentativas de conversão foram feitas.
Agora um detalhe mais técnico. Eu mesmo fui levado a usar o termo “réu” no final parágrafo anterior, palavra que pertence ao campo semântico dos julgamentos, cujo lugar vivencial é o tribunal. Mas será que temos em Mateus 18 um julgamento? O que nos leva a ver assim este texto? Penso que nossas Bíblias nos conduzem a isso ao empregarem outro termo jurídico que é “testemunhas”. Lendo isso nós somos automaticamente remetidos aos tribunais, e o pecador se torna um réu que deve se defender de acusadores. Todavia há nisso um possível problema de tradução, pois o substantivo grego que traduzimos por “testemunha” é martys, de onde deriva a nossa palavra martírio. Ela pode sim significar “testemunha”, alguém que está ali para declarar como ocorreu determinado evento, mas também possui um sentido menos jurídico, o de testemunhar ou proclamar a respeito do evangelho. Esse é o sentido que damos ao testemunho dos mártires, uma prova da veracidade do evangelho através da submissão à morte. Assim, é bem provável que a igreja de Mateus não esteja sugerindo a instituição de um tribunal contra o pecador, mas que esteja incentivando a pregação para que ele volte atrás. Essa proposta ocasiona uma pequena mudança na leitura do versículo 16 de conseqüências gigantescas; o objetivo já não é provar a culpa do pecador publicamente para então condená-lo, mas resgatá-lo através da pregação.
Confesso que posso estar enganado na hipótese acima, mas ela está de acordo com o que o texto diz no final. Como vimos, é fácil imaginar a partir do verso 17 que o pecador obstinado deve ser excluído da igreja; e ficamos com a impressão de que ele é esquecido, deixado de lado porque não quis ouvir aos apelos dos irmãos. Entretanto, mesmo em casos extremos em que um pecador ofende seu irmão, quebra o grande mandamento do amor ao próximo e não dá ouvidos a todos os apelos e pregações, fazendo-se um verdadeiro teimosos, não há condenação. O que o texto diz é que esse pecador deve ser tratado com pecador e publicano, e esses tais pecadores e publicanos são exatamente os alvos principais de nossa evangelização (obs. para uma boa hermenêutica desse texto não devemos nos deter nas categorias distintas de publicanos e pecadores, mas vê-los como categorias que resumem todos os tipos de pecadores que devem ser alcançados pela evangelização cristã).
Lembre-se de Jesus, que era na verdade mais amigo dos pecadores e publicanos do que dos religiosos. A pena, portanto, para um ex-irmão que se tornou um pecador obstinado, é que ele deve continuar sendo amigo da comunidade, comendo com eles, freqüentando a casa deles caso deseje, para que nessas ocasiões continue ouvindo sobre Jesus Cristo e quiçá se converta de seus maus caminhos. Nós, com nossa sede de vingança é que já usamos esse texto para excluir pessoas e por vezes até excomungá-las.
Anos atrás ouvi de um senhor que os protestantes não terão salvação, mas somente os católicos. O argumento era que Martinho Lutero fora excomungado pela igreja nos dias da reforma, e todos os descendentes do reformador estavam com ele fora da comunhão. Esta afirmação é tão ridícula que nem merece nossas considerações, mas será que a igreja tem esse direito de excomungar alguém e impedir-lhe a salvação? Será que algum homem recebeu o poder de salvar ou condenar outrem?
Lemos Mateus 18.15-17 e vimos que o texto é mais inclusivo do que pensávamos. Os pecadores continuam nossos amigos, e não devem ser afastados da igreja, embora não se concorde com o erro deles. A unidade textual seguinte, Mateus 18.18-19, dá ênfase à autoridade da igreja:
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”
Algo parecido foi dito antes, quando Jesus diz a Pedro: “E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16.19).
Parece que a igreja católica estava correta ao entender que o texto bíblico dá ao cristão a autoridade para excluir pessoas, porém, o uso que se faz dos textos não está de acordo com o princípio cristão. Como certa vez me alertou meu professor e orientador Dr. Paulo Roberto Garcia, o objetivo dessas passagens não é nos dar autoridade para julgar os outros, mas nos alertar a respeito da grande responsabilidade que temos. Noutras palavras, a igreja possui as chaves das portas do céu, e pode até fechá-las a algumas pessoas, mas a sua responsabilidade é abrir tais portas para todos. A idéia é que no futuro, caso alguém não se encontre no Reino dos Céus, Deus poderá cobrar tais almas da igreja perguntando: “Você tinha a chave, por que você não abriu a porta para aquela pessoa entrar?”. Novamente, os textos nos responsabilizam pela salvação alheia, e não procuram nos dar o direito de condenação, o que seria contrário ao mandamento de não julgar (Mateus 7.1-5).
Falei do modo como deve-se tratar o pecador obstinado e da responsabilidade da igreja pela salvação de todos. Os textos estão na sequência em Mateus, devem ser lido conjuntamente. Agora, essa leitura pode ser confirmada pelo texto anterior a esses, Mateus 18.12-14:
“Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? E, se, porventura, a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram. Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca”
E esses não são os únicos textos desse agrupamento, que pretende destacar exatamente a necessidade de se lutar por todos os filhos de Deus. Como ler essa analogia da ovelha perdida, que fala claramente que Deus não quer que ninguém se perca, e em seguida interpretar Mt 18.15-17 como um texto que legitima a exclusão? Isso seria um crime exegético imperdoável, mas coisa que fazemos quando queremos justificar biblicamente nossas atitudes desumanas.Complementando no final da perícope no v.21 "Então ,Pedro,aproximando-se dele,disse:Senhor,até quantas vezes pecará meu irmão contra mim,e eu lhe perdoarei?Até sete?v.22"Jesus lhe disse:Não te digo que até sete,mas até setenta vezes sete".
Enfim, não expulse ninguém da igreja, nem trate cristãos e não-cristãos com distinção; não amaldiçoe ninguém nem se faça juiz em lugar de Deus; não desista do pecador e não deixe de perdoar seu ofensor... se quiser inclua isso nas margens da sua a mais usá-la como defensora de suas más ações.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Podemos mudar nosso país através da política?

Infelizmente nos deparamos com uma triste realidade,nosso povo tem sofrido com o grande descaso de nossas autoridades,estamos subjulgados por governantes corruptos,insensatos,amantes de si mesmos,enquanto o povo  sofre com a falta de saúde,educação,segurança,saneamento básico etc.A renda per capta não é adequada para gozarem de boa alimentação,moradia,lazer princípios estes que nossa constituição defende,porém a muito esquecida pelos detentores do poder.Neste comentário não tenho intenção de criticar partidos políticos ou pessoas específicas a quem conhecemos,mas sim lhe trazer o conceito de que como sua participação neste quadro é importante,embora muitos estejam desacreditados,não vêem política com bons olhos,outros anulam seus votos como forma de protesto,chegam a dizer não votei  em ninguém,não sou culpado ou conivente com este governo,quero lhe dizer,quer vote ou não,acredite ou não,goste ou não,você interfere participando ou se omitindo.Tiago 4:17"Aquele,pois,que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado".
Sobre este foco vamos fazer uma rápida explanação bíblica para poder observar como devemos agir em meio a esta situação.Com base em uma parábola quero fazer uma síntese para melhorar nosso entendimento.
Primeiro o que é uma parábola?
Parábola, originária do grego parabole, significa narrativa curta ou apólogo, muitas vezes erroneamente definida também como fábula. Sua característica é ser protagonizada por seres humanos e possuir sempre uma razão moral que pode ser tanto implícita como explícita. Ao longo dos tempos vem sendo utilizada para ilustrar lições de ética por vias simbólicas ou indiretas.
Sinteticamente: narração figurativa na qual, por meio de comparação, o conjunto dos elementos evoca outras realidades, tanto fantásticas, quando reais.
Texto base Juízes 9:07-15
A parábola de Jotão
"7.E,dizendo-o a Jotão,foi este,e pôs -se no cume do monte Gerisim,e levantou sua voz,e clamou,e disse-lhes:Ouvi-me a mim,cidadãos de Siquém,e Deus vos ouvirá a vós.8.Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei e disseram à oliveira:Reina tu sobre nós.
9.Porém a oliveira lhes disse:Deixaria eu a minha gordura,que Deus e os homens em mim prezam,e iria a labutar sobre as árvores?10.Então,disseram as árvores à figueira:Vem tu e reina sobre nós.
11.Porém a figueira lhes disse:Deixaria eu a minha doçura,o meu bom fruto e iria labutar sobre as árvores?12.Então,disseram as árvores à videira videira:Vem tu e reina sobre nós.
13.Porém a videira lhes disse:Deixaria eu o meu mosto,que alegra a Deus e aos homens e iria labutar sobre as árvores?14.Então,todas as árvores disseram ao espinheiro:Vem tu e reina sobre nós.
15.E disse o espinheiro as árvores:Se na verdade, me ungis rei sobre vós,vinde e confiai-vos debaixo da minha sombra;mas,se não,sai fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano".
Vamos entender o texto,Jotão era o filho mais novo de Gideão e nesta parábola ele expressa toda sua indignação contra o povo de Siquém,por motivo destes levantarem Abimeleque como Rei veja v.6,porém no mesmo texto ele faz um comparativo ocorrido anteriormente,vejamos:No capítulo 8:22-23 Gideão é convidado pelo povo de Siquém a governar sobre eles por motivo deste ter os livrado das mãos dos midianitas,mas a resposta do Juiz Gideão é a seguinte:"Eu não dominarei sobre vós nem tampouco meus filhos",a recusa de Gideão e seus filhos é ilustrada pelas boas árvores citadas por Jotão em sua parábola e o espinheiro representa Abimeleque,posteriormente ungido rei sobre o povo mesmo este sendo um homem mal v.4,5.
1º Enfoque-É sabido por todos que Gideão e os demais juízes tinham uma ideologia,lutavam pela liberdade de povo,eles acreditavam também que a monarquia era um regime opressor e que favorecia a corte e desprevilegiava o povo e isso aos seus olhos era mau,porém o povo desejava um rei que governasse sobre eles,motivo este que com a recusa de Gideão deixou o espaço livre para Abimeleque,o que percebemos com isso,muitos homens bons e capacitados em nosso meio simplesmente recusam a participar dos interesses do povo por não acreditarem na política, assim como fez Gideão,e de dar sua contribuição positiva,Gideão teve a oportunidade de mudar o regime monárquico,transformando-o em um regime justo,mas devido a sua descrença no regime não aceitou,sua decisão trouxe um resultado negativo para aquele povo no futuro.O pastor Martin Luther King disse uma vez:"O que me preocupa não é o grito dos maus,mas o silêncio dos bons".


 2º Enfoque-Agora com  recusa de Gideão o caminho está livre para Abimeleque,ele vai até o povo e se apresenta,e mesmo sabendo que Abimeleque não seguia os mesmos princípios de seu pai o povo o acolhe e então o faz rei,um homem mau rei sobre o povo,assim como nos dias de hoje, deixamos de observar os bons princípios e estamos apoiando qualquer um para governar sobre nós,porém se dermos o valor devido a política talvez conseguiremos mudar este quadro caótico de nossa nação Provérbios 29:02"Quando os justos se engrandecem,o povo se alegra,mas,quando o ímpio governa,o povo geme".
"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam".

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por que Jesus queima ele?


Meu intuito foi criar um nome descontraído para meu blog porém com um sentido,significado que de pronto identificasse ser evangélico e de um crente pentecostal.
O sentido do nome encontra-se em Lucas 3:16 "Eu ,na verdade,batizo-vos com água,mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu,a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias;este vos batizará com e Espírito Santo e com fogo".
O profeta João Batista neste texto está testificando de Jesus e ele diz:eu batizo com água,porém Jesus é maior que eu,e batizará com Espírito Santo e com fogo,daí o significado do nome que traduzindo quer dizer "Jesus batiza ele" com Espírito Santo e com fogo,ou seja todos aqueles que compartilharão deste blog.Porém como já foi dito a palavra" batiza" seria muito formal,por esse motivo escolhi "queima" para ficar mais descontraído,espero que tenham gostado,fiquem na paz do Senhor.

domingo, 3 de outubro de 2010

Policial e servo de Deus?

                                                                                                                                                   Algumas vezes fui surpreendido com a seguinte pergunta:Você não é crente?E como ao mesmo     tempo pode ser um policial?A partir desta interrogação comecei a perceber que algumas pessoas apresentavam-se chocadas com minha posição diante de Deus e minha profissão de exercício;Tal fato ocorre devido a uma visão negativa que algumas pessoas tem da polícia que vem sempre associada  a violência ,corrupção , arbitrariedade,truculência,etc.Na óptica da sociedade atual como um cristão pode lidar com estes problemas sem contar com a possibilidade de ter que tirar vidas ( Êxodo  20:13 "não matarás")e permanecer fiel a Deus?Sobre esta curiosidade quero fazer um breve comentário com  base na bíblia com a finalidade de ampliar nossa visão sobre o assunto.Usaremos como  análise a seguinte passagem :                                                                     Lucas 3:14    "Então alguns soldados lhe perguntaram:"E nós, o que devemos fazer?"Ele respondeu:Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente;contentem-se com o seu salário".            A bíblia nos relata que o profeta João Batista  estava pregando próximo ao rio Jordão acerca de batismo de arrependimento para perdão de pecados v.3,e vários grupos vinham até ele v.12,mas nosso foco principal é o v.14 onde na primeira parte os soldados lhe fazem uma pergunta, "o que devemos fazer?",quero esclarecer que os soldados mencionados no texto em questão eram responsáveis pela manutenção da ordem,da segurança e  pela aplicação da lei como a polícia nos dias atuais,e também eram taxados como nos dias de hoje, a única diferença era o regime de governo da época.Mas o importante é observar que o profeta em nenhum momento manda que os soldados mudem de profissão ,porque a profissão em si não é o problema, porém a resposta do profeta é bem clara,vejamos a segunda parte do versículo"Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente;contentem-se com o seu salário".A exortação do profeta é para uma mudança de atitude ,de hábitos e condutas pois agindo assim seriam vistos como verdadeiros servos de Deus. Para complementar esta matéria ainda falta uma dúvida,e se este novo homem,transformado por Deus e servo obediente se deparar com uma situação atípica e em sua função vier a tirar a vida de alguém?A bíblia sagrada diz em Êxodo 22:2"Se o ladrão que for pego arrombando for ferido e morrer,quem o feriu não será culpado de homicídio".Esta passagem não quer dizer que todas as vezes que um ladrão for surpreendido no delito você pode matá-lo,mas ela nos mostra o senso de justiça divino,sabemos que não existe bem maior  que a vida ,porém se nossa integridade física ou de outrem forem ameaçadas pelos transgressores Deus nos dará absolvição.                                                                               Espero que este pequeno comentário possa de alguma forma ter acrescentado algo a vida de amigos e leitores,desculpe-me por alguns erros mas asseguro estarei estudando e me preparando para sempre poder trazer assuntos interessantes e com melhor qualidade,obrigado pela compreensão.Referências bíblicas  na linguagem  da Nova Versão Internacional.