sexta-feira, 30 de junho de 2017

Estudo sobre batismo


ETIMOLOGIA: A palavra "Batismo" vem do grego "baptizein", que significa mergulhar, imergir, ou seja, o batismo é realizado no ato de imergir, mergulhar.

A ordenança do batismo saiu dos lábios do próprio Jesus, e todos os que verdadeiramente acreditam no Senhor Jesus, têm a alegria de cumprir este mandamento: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo"(Mt. 28:19).

O QUE SIMBOLIZA O BATISMO?

O batismo é um ato simbólico, que representa nossa morte e ressurreição em Cristo. "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos" (Cl. 2:12). A conversa de Jesus com Nicodemos salienta bem a referência ao batismo, (Jo. 3:3-6). Hoje vivemos em novidade de vida, por termos crucificado o nosso velho homem (Gl. 2:19-20).

O BATISMO SALVA E PURIFICA O HOMEM DO PECADO?

O batismo não purifica o homem do pecado e nem o salva, essa idéia é desqualificada com um pequeno versículo de I Jo. 1:7 "...e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado". A bíblia deixa-nos lúcidos quanto ao que nos purifica, O SANGUE DE JESUS CRISTO. Em Mc 16:16 é nos dito que: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado". Não é dito que quem não crer e não for batizado será condenado, mas apenas quem não crer. O ladrão da cruz não teve tempo para se batizar, mas creu no Senhor Jesus, aceitou seu sangue e foi salvo (Lc. 23:43).

QUEM DEVE SER BATIZADO?

Os que devem passar pelas águas do batismo são aqueles que creram na Palavra, se arrependeram dos seus pecados, e querem viver uma nova vida, (At. 8:35-38). As crianças estão isentas dessa ordenança, pois dos tais é o Reino de Deus(Mt. 19:14). O maior exemplo é o próprio Senhor Jesus, que foi batizado adulto no início de seu ministério(Mc. 1:9), quando criança Jesus foi apenas apresentado no templo segundo a tradição judaica(Lc. 2:22). Por este motivo não reconhecemos o batismo realizado pela igreja Romana, pois eles ferem dois princípios básicos do batismo, primeiro batizam crianças, que ainda não discernem sobre o bem e o mal, pois ainda a pureza em seus corações, e segundo,  em sua liturgia, usam o ato de aspersão para batizar, sendo que no início do estudo aprendemos que batismo significa mergulhar, imergir e não aspergir.

CURIOSIDADE: O profeta que batizou Jesus chamava-se João, "Batista" era um apelido dado a ele pelo ofício de batizar, não fazia parte de seu nome.

CONCLUSÃO: O Batismo é um ato simbólico onde o cristão reconhece a necessidade de viver uma nova vida, aceitando a condição de pecador e buscando uma ressurreição espiritual, validando assim um compromisso verdadeiro com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo"(II Co. 5:17).

GLOSSÁRIO

Etimologia: Significado da palavra em sua origem;
Batismo: Mergulhar;
Lúcido: Clareza;
Isento: Dispensado, que não possui obrigação;
Aspersão: Borrifar, chuviscar;
Liturgia: Celebração religiosa pré-definida, um ritual formal e elaborado.





segunda-feira, 19 de junho de 2017

O Sábado, a Lei e a Graça

Graça e paz a todos, existe um segmento cristão que tem o Sábado como um dia santificado, separado por Deus e que ainda hoje deve ser guardado, "Êx. 20:8". Segundo a visão deste grupo cristão a Lei está dividida em duas partes: Lei Moral, "Êx. 31:18", que seria o decálogo, ou seja, a lei escrita por Deus em placas de pedra e a  Lei Cerimonial, "Dt. 31:24", esta escrita por Moisés enquanto liderou e legislou sobre o povo de Israel. Esta separação entre Lei Moral e Cerimonial é uma forte ferramenta para embasar a guarda do Sábado, haja vista, os membros deste segmento, utilizarem disto para responderem as questões sobre a Lei e a Graça e explicarem textos como: Rm. 6:14 " Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" e  Gl. 3:11-13 " v.11 E é evidente que, pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. v.12 Ora , a lei não é da fé, mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá. v.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro . Observe que ambos os textos relatam que quem está em Cristo já não está sob o domínio da lei, mas debaixo da graça, daí os cristão que guardam o Sábado justificam a sua prática dizendo que estes textos estão se referindo a lei Cerimonial, aquela escrita por Moisés e não ao decálogo ou lei Moral, desta forma conseguem justificar a guarda do Sábado, pois este se encontra na lei Moral e esta permanece imutável segundo eles, repetindo isso sempre que a Bíblia coloca em cheque lei, e graça.
Mediante ao exposto até aqui, gostaria de fazer algumas ponderações que julgo pertinentes ao assunto e que é pouco observado por nossos irmãos. Quando falamos em separação da lei em Moral e Cerimonial deveríamos ter um respaldo bíblico, pois desconheço qualquer texto que fale sobre este assunto, não recordo de ter visto na bíblia em lugar algum explicando que o decálogo é uma lei Moral ou que a lei de Moisés é uma lei Cerimonial, a bíblia só diz lei, sem nenhuma distinção entre elas, isto por si só já deve ser observado com atenção e o mais é produção totalmente humana. Contudo gostaria de fazer uma breve explanação bíblica que acredito derrubar a argumentação supra citada de que a lei que foi revogada teria sido somente a lei de Moisés (lei Cerimonial) e não o decálogo (lei Moral).
Para tal, utilizarei o texto que se encontra em 2Co 3:02-14; v.2 Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens, v.3 porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra , mas nas tábuas de carne do coração. Preste bem a atenção nesses dois versículos, vou tentar ser sucinto ao comentar, aqui o apóstolo Paulo diz que nós somos a carta de Cristo, ou seja, nossa vida, nosso testemunho e ele ressalta, "não escrita com tinta" e "não em tábuas de pedra", se referindo tanto a lei de Moisés quanto ao decálogo, v.4 E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; v.5 não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, v.6 o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica. Aqui o apóstolo fala em sermos ministros dum Novo Testamento, se há um novo é porque existiu um Velho Testamento, e ele completa "não da letra, mas do Espírito", isto significa que o testamento escrito, a lei tanto de Moisés como o decálogo, foram substituídos pelo do Espírito, porque antes o homem precisava dos escritos para seguir o querer e a vontade de Deus, mas agora não é mais a letra que nos conduz, mas sim a direção do Espírito que habita em nós, v.7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, v.8 como não será de maior glória o ministério do Espírito? v.9 Porque se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. v.10 porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado,por causa da sua excelente glória. v.11 Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.
Neste tópico o apóstolo foi categórico, contundente e muito claro acerca do que falava e em que se referia, ele inicia o v.7 chamando o decálogo de ministério da morte, não tem como negar que ele estava falando do decálogo, dez mandamentos ou lei moral segundo a divisão feita por aqueles que guardam o Sábado, pois ele diz, "gravado com letras em pedra", me desculpe, não tem como negar, pois a lei de Moisés ou lei Cerimonial segundo a divisão, não foi escrita em pedras, somente o decálogo, e continua, "de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto", este evento, da glória na face de Moisés ocorreu uma única vez em toda a história de Israel, só existe um relato sobre tal fato, foi quando ele recebeu a placa com os mandamentos pela segunda vez, o decálogo(lei Moral), Êx 34:35, com estes detalhes, não tem como omitir o fato de que o apóstolo Paulo falava do decálogo(lei moral) neste texto e conclui o v.7 dizendo "a qual era transitória", ou seja, passageira. 
v.12 Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. v.13 E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. v.14 mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido.  Neste tópico o apóstolo continua se referindo ao evento ocorrido com Moisés, v.13 para que não haja sombra de dúvidas sobre sua citação e complementa dizendo que a lição do Velho Testamento(decálogo ou lei moral) foi por Cristo abolida, final do v.14. Após o exposto pelo autor do texto de 2Co 3:02-14, acredito não ser possível negar que a lei do qual Cristo nos livrou é o decálogo(lei Moral) a qual abrange também a guarda do dia de Sábado.

Sugestão de leitura: DEVEMOS GUARDAR O SÁBADO?
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Rm 7.4,6; 8.2; Gl 5.18